A presidente Dilma, em sua campanha para
reeleição, vem sofrendo o que sofreram todos os presidentes anteriores que não
trilharam de acordo com os interesses de uma elite - que se curva aos
interesses do capital estrangeiro -, como Getúlio Vargas e João Goulart, que não
completaram seus mandatos, apesar de grande aprovação popular; o primeiro
obrigado a suicidar-se, o que fez recuar o golpe, que foi tentado no governo
JK e que veio a explodir em 1964 com a deposição do segundo, fazendo o país
mergulhar num mundo kafkiano por mais de vinte anos, quando o Brasil se
encontrava em plena efervescência cultural e política.
A grande mídia, à época, como o faz hoje,
tem se colocado sempre como um “gato do mato” nessa luta em favor da Casa
Grande; daí não se estranhar agora, que tudo parece caminhar em distanciamento à
sua mesquinhez, com a aprovação do governo de Dilma, sem necessitar de esquadra
americana no litoral do estado do Espírito Santo, porque apoiada no salto de
evolução que se deu na comunicação, o mesmo filme com “remake”, para
que Dilma seja derrotada ou pelo plano “A” ou pelo plano “B”.
Lembremo-nos de Leonel Brizola, o quanto
ele foi massacrado pela Rede Globo, que depois de tantos anos de prostituição em
parceria com a ditadura militar (21 anos)
estampou matéria em que confessa que esteve errada e então pede desculpa, tipo “desculpe
a nossa falha”, como dizia o apresentador do JN Cid Moreira. Ao que a gente
poderia dizer “Vá e não peque mais”, mas não adianta – é na primeira esquina.
Já é tempo de o povo brasileiro abrir bem
os olhos para o que informam os veículos de comunicação, com as distorções
que costumam fazer para que tudo resulte na retomada das rédeas do poder que,
segundos eles, deve seguir uma outra linha, entregando o Brasil a banqueiros,
especuladores, com a presença mínima de Estado e, por conseguinte, desvalimento
desse povo, como ocorreu no caso das quedas dos presidentes Getúlio e Jango.