terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Dilma-Lula e ... Raul Seixas



Começo por dizer que nunca fui petista, embora tenha votado no PT nos últimos tempos, mas, diante do quadro que se me desenham as injunções, com algumas pessoas – gente então boa em que acreditava – que lá estavam e que agora se dizem ex-PT, talvez por não mais agüentarem ser companheiros por motivos alheios ao verdadeiro companheirismo ou por veleidades mesmo, acho até que, em sentido contrário, devo colocar no peito com orgulho sim aquele broche  que eu via em garotos e garotas (agora é assim) durante minha juventude: Eu sou PT. Digo-o vivendo o presente: eu entendo Dilma-Lula.

Às vezes fico pensando, se Jango tivesse atendido ao pedido de Brizola, naquela ocasião do golpe, e o tivesse deixado como ministro ou um encarregado, mesmo com uma esquadra naval dos Estados Unidos por perto, a História não teria sido melhor? Jango não queria sangue. Como de fato, o Golpe Militar acabou sendo sopa no mel; o sangue viria depois. História.

Mutatis mutandis, Dilma – que chegou aonde chegou graças à visão de Lula, marcado pela força da mulher em sua formação como pessoa e, em parte em consideração a Brizola (no fundo, ainda que sem ele assim desejar), que lhe pediu por diversas vezes para desistir da candidatura contra Collor que ele o velho Briza venceria o segundo turno – vive hoje o mesmo drama, também de forma a que dá motivos a interpretações várias, nunca, em nenhum momento, ao entreguismo, como pretendia e pretende a oposição, que só se sustenta ao sabor da grande mídia – verdadeira oposição, contra o que lutou Leonel Brizola - o único político que peitou a Rede Globo, o que tem faltado a Dilma-Lula.

Acredito que o caminho é árduo, com o Congresso que temos, muita gente às costas, vícios de outrora e de sempre, mas Dilma deve saber enfrentar esse período de transição - ninguém melhor que ela e Lula -, com alguns companheiros de equipe. Raul Seixas, grande cantor-compositor, antes de chegar a ser estrela, teve que passar certo tempo produzindo outros cantores com canções que ainda não eram dentro da sua verve. Nesse tempo era conhecido por Raulzito. Mais tarde ele cantou:
  
Raul Seixas e Raulzito
Sempre foram  o mesmo homem
Mas pra aprender o jogo dos ratos
Transou com Deus e com o lobisomem
     

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