Jasmim era de nome
doce. Tinha tido também comportamento
doce, na dela, profissional discreta, não merecia ser enganada, passada para
trás nuns trocados. Ela, protótipo de excelência na função, gritou logo para
lembrar:
- Ei! Combinado foi duzentos.
- Claro. Tome aqui,
Jasmim.
De pronto. Mas a partir
dalí é que desandou essa dor de haver magoado alguém com um simples sinal de
pretender pagar a menor e esse alguém ser o doce de pessoa que foi a garota.
- Então ela foi legal
com você? – era o amigo.
- Nota 10. Nada a
reclamar – explicava.
E assim uma Jasmim ia
sendo construída, mas dentro dele, e tomava conta do seu pensamento. Tudo tinha por começo uma bebedeira com
amigos, que resultou estar numa antiga casa, dessas biroscas, de conversa,
altas horas, com a dona:
- Você precisa conhecer
minha filha.
E fazia uma propaganda
da menina.
- Só você ligar pra ela
e marcar. Não é para qualquer pessoa não. Gente como você.
- Ela passa “por de
fora” daqui. Não é de andar com essa turma não. É diferente, cara – completava
o amigo.
Nesses rasgos de
elogio, a mãe tirou dos seios e deu a Jaconias um cartão. Andava tão mergulhado
que não sabia se acabou ligando para a garota ou se recebeu telefonema dela. Marcou para sair, pensou que ela não
compareceria, mas foi apanhá-la em frente a um orelhão de um hospital.
Bonito avistar uma
garota sair de um orelhão e entrar no carro. Foi-se ajustando na poltrona, ele
examinando o material, às palpadelas. Logo na cama com a garota, perfumes, tudo
nos conformes, ali, para ele, exclusiva. Brincou um bocado, antes de consumar o
ato, no antegozo de um final feliz.
Depois veio o astral de
uma namorada que passou pelos suspiros de toda uma geração e não ficou com
ninguém da turma. Tal musa vivia na imaginação platônica da rapaziada. Algo sagrado,
respeitoso. Vira poucas vezes, mas o suficiente para o clique da garota de
calça jeans, recanteada, fumando
escondido com cara de chorosa. Com Jasmim ele realizaria um sonho perdido,
agravado pela forma como procedeu no pagamento do cachê. Agora essa perturbação
da mente, sem que se possa corrigir.
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