quarta-feira, 16 de outubro de 2013

José Mauro Vasconcelos Dois Pontos



Atípico. Por isso ignorado pela crítica que se faz no Brasil. Sempre seguimos duas escolas: a Machadiana ou a Alencariana. Fora daí ou é um Guimarães Rosa ou é nada. Zezé é nada. Desculpe-me, José Mauro de Vasconcelos. Zezé, num lembrar do livro de um escritor português, é “Para Sempre”. Como é que é nada? Um a zero pra nós, que gostamos de Zezé. É normal a gente ler um romance por mais de dez vezes? Assistir ao filme, à novela, e ler de novo o livro? O errado sou eu ou a crítica? O que é a crítica? Livro, literatura – aprendi – é um entretenimento cultural. O objetivo do autor foi alcançado, pombas. Sociologia pura. Psicologia também.  Em toda sua obra. “Rosinha minha canoa”, por exemplo, é poesia do começo ao fim, que, numa outra olhada, é um Manoel de Barros, que surgiu depois – José Mauro já fazia isso de descoisificar e falar com a Natureza, sem elucubrações ao gosto dos “críticos”.  (Eu era adolescente quando minha mãe comprou “Obras Completas” de José Mauro de Vasconcelos, que eu ia devorando e depois, na Faculdade de Letras, eu tinha vergonha de dizer que tinha lido - aqui meu pedido de desculpa.)




Nenhum comentário:

Postar um comentário