O Jornal Nacional, símbolo consagrado de nosso jornalismo, mostrou ontem uma matéria com o Papa. Nada de especial, uma entrevista distraída com o Papa. Falava da Amazônia, do lixo dos plásticos que se acumulam nos rios, que estão morrendo. Com o bom humor do Santo Papa, abençoando uma loja de amigos numa rua de Roma. Como homem comum, que chegou a dispensar o apartamento papal para morar.
Me fez lembrar de meu avô, Osvaldo Dantas, e suas bizarrices. Isso nos remetem a uma reflexão. Depois de apresentação da matéria, em que há referência ao poeta Vinicius de Morais e ao cantor Roberto Carlos, ambos brasileiros, e aí já agitamos o bairrismo que dorme dentro da gente, pouco nos dando com o fato de serem eles, graças a arte, também personalidades do mundo.
Tomo meu café da Barra da
Estiva, no quintal de casa, e, dado por satisfeito por saber de tantas informações
importantes, tiro simbolicamente o chapéu e digo Boa Noite, William Boner. Meu avô Osvaldo Dantas era quem respondia
boa noite ao locutor de então, Cid
Moreira, e quando alguém na sala lhe cortava, “oh vovô, não precisa dizer não”, ele emendava:
“Como não, meu filho, o homem deu notícia do mundo inteiro (para o nosso
conforto), não custa nada responder o “boa noite”.
Assim sou eu agora. Não
custa nada, descobri que a gente responde para gente mesmo, o que, na lição do Papa,
é bom para o espírito:
- Boa noite.
Simples.
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