sábado, 21 de dezembro de 2013

... e ela perdeu a Festa da Camiseta



Eu devia começar este relato mandando  todo mundo ir pra porra. Mas vai que alguns não queiram ir, no caso, e me dariam um certo trabalho. Tiro certeiro; chega de blábláblá comportado. Não tenho tempo. Aquela coisa de Sísifo, que eu acho bacana e só isso.

Quando Deus, aquele bitelão lá de cima, fez o mundo, viu que não era certo a gente ficar sem um negocinho bom, só com frutas ao alcance fácil, essas coisas e etc., e aí tirou da gente um pedaço e fez a clonagem, nos dando um presente.

Acho que desde dessa época, sabendo que era dona do pedaço, a mulher, no caso, Eva, já botava marra no homem, e tinha que colocar mesmo, ainda que sem concorrente na parada. Imagine a cena, o baitola do Adão chegava em casa tarde e ela:

- Isso é hora de chegar em casa? Você andou com quem?

E ele, mais abaitolado, ainda dava explicações:

- Ué, amor, andar com quem se só temos nós aqui no paraíso!

Mas do jeito que é mulher, pra tirar onda principalmente, punha a situação de Deus em dúvida, como se Ele estivesse dando certa proteção ao homem:

- Eu, hein, sei por onde você andava e com quem você estava.

Vai daí que surgiu toda aquela história de Adão se deixar levar pela prosa da mulher e acabar se queimando com Deus. Um dia ele ouviu o vozeirão lá de cima:

- Adão, por que tu te escondes por detrás dos matos?

- Porque estou nu, Senhor.

- Oxente (Deus é até hoje baiano), por acaso comeste a fruta proibida?

- A mulher que vós me destes de companheira me deu um pedaço e eu comi.

- Pois agora, seu porra (Deus falou bem assim, na linguagem de baiano, mas os entendidos da Igreja não quiseram registrar), pois você agora vai ter que tirar do suor do seu rosto pra pagar o cartão de crédito dela (atualização da bíblia) e o cacete.

É fraco sim. Até hoje quem manda é ela. De uma forma ou de outra. Por exemplo, em casa é aquela coisa de mãe falar “menino, pra dentro” e o menino tinha que ir para dentro. Quando não era a mãe, era a babá, a irmã mais velha, a tia, alguma mulher da família (aqui vale anotar até a vizinha, o certo que elas estavam sempre presentes).

Tá lá. O outro, me esqueci do nome, trabalhou durante sete anos de graça e mais sete trabalharia se preciso fosse, no dizer de Camões, pra se casar com... me esqueci do nome (faz tempo que li as escritas). O José é que foi desviado dessa história nossa, que vai ser adiante objeto de estudo cientifico, mas para salvar não só o Egito mas também o seu povo, porque não custava nada ele “ficar” um tiquinho com a mulher do Putifar. É, vai que também... Agora, pô, sou fascinado pela figura de Sansão. Era o cara. Se fodeu, tal como Adão, mas que não abriu mão de um encanto não abriu.



Elas são assim. Quem se fodeu diferente, isto a gente dando um salto na História, foi o porra do Herodes, que depois de assistir à dança de Salomé, filha de sua amante, mas de olho na menina (ninguém sabe o dia de amanhã, investimentos, essas coisas) prometeu a ela uma viagem a cidade de Guanambi, na Bahia, Brasil, para a Festa da Camiseta, realizada todos os anos pelo popular promotor de eventos Fafá (eles não registram), mas a garota, influenciada pela mãe (dizem que até hoje ela joga na cara da mãe a besteira que fez de não pedir a tal camiseta), preferiu pedir na bandeja a cabeça de João Batista, que vivia falando mal de sua mãe. E olhe que falar mal da mãe dela não era novidade nenhuma, mas mãe é mãe e ponto final. (Depois a gente continua)

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