A
Mulher
Esta crônica era para
ser publicada no Dia Internacional da Mulher. Mas seria um contra senso, pois
que ... Segue o texto. Falam em dia da mulher. Nunca gostei disso, “de dia”. Vá
que valha para outras celebrações, nunca para a mulher, porque para elas existe
o para sempre e nunca um dia do ano. Quem mais valorizou a mulher, antes de mim
(elas que o digam), foi o Mestre. Mulher, na antiguidade, segundo aprendemos
nas aulas de Direito, era considerada alieni
iuris, ou seja, uma débil mental, uma alienada. Prevalecia então e por
muito tempo o poder do macho. Você agora imagine como era. Ele chegou para
modificar. Causava escândalo sua conduta à época. A ponto de dois mil
anos depois quando minha mulher ralhou comigo: - Você estava conversando com
rapariga. Aí eu tive que recorrer ao argumento sagrado, sabendo que ela é
uma católica: - Mulher, até
Jesus andou às voltas com rapariga. Grande argumento, que ela acabou pondo
por terra depois de alguns segundos de reflexão: - É, mas você só segue essa parte,
não é?
Na verdade eu tenho
admiração imensa pela figura da mulher. Fui criado em meio a elas, mãe, avó. tias, irmãs e empregadas. Não só da mulher descrita na canção
cantada por Amelinha (Mulher nova bonita e carinhosa) como da mulher
cantada por Chico Buarque de Holanda (Mulheres de Atenas), mas da mulher
mesmo, aquela de que o Mestre cuidou em seus ensinamentos quando aqui esteve
entre nós.
Transcrevo abaixo alguns
trechos de suas palavras, extraídas de uns pergaminhos encontrados no Oriente,
onde o Mestre esteve antes de voltar para sua terra. Tanto que a Bíblia só faz
referência a sua infância e sua maturidade. Ele esteve fora, fugira com
mercadores, para não ser obrigado a se comprometer em casamento entre judeus,
seu povo, quando se destacara, ainda adolescente, no templo, em debate com os
doutores.
No momento em que ele
falava à multidão notou que um homem só faltou atropelar uma idosa para achar
uma boa posição, e aí ele mudou o discurso:
-Então, Issa(Jesus)
acrescentou o seguinte:
“Não é conveniente
que um filho afaste sua mãe, tomando o seu lugar. Quem não respeita sua mãe, o
ser mais sagrado depois de Deus, não merece o nome de filho.
-“Ouvi, então, o que vos
digo: Respeitai a mulher, porque ela é a mãe do universo, e toda a verdade da
divina criação jaz nela.
-“Ela é a base de tudo
que é bom e bonito, como também é a semente da vida e da morte. Dela depende
toda a existência do homem, porque ela é seu apoio natural.
-“Ela vos dá a luz no
meio do sofrimento. Pelo suor de seu rosto, ela vos cria, e até a sua morte vós
lhe causais as mais graves ansiedades. Louvai-a e adorai-a, porque ela é vossa
única amiga, vosso único apoio na terra.
Quer mais? Leia Os anos ocultos de Jesus, de
ELIZABETH CLARE ROPHET, editora NOVA ERA/editora RECORD.
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