sábado, 26 de julho de 2014

Dete

Tinha uma covinha no rosto, acentuada quando sorria, mas quase não sorria, umas toras de pernas e o cabelo sem cuidado, sem contar os seios que se presumiam bonitos. Imagine agora o bumbum. Era triste Dete. Tinha seus motivos, conforme soube depois.

- Dete, esqueça tudo isso que você me falou sobre seu ex, procure um salão de beleza e faça seu cabelo, passe a usar umas roupas bonitas e, principalmente, mantenha um sorriso sempre, em todos seus atos; o amanhecer é um sorriso que Deus nos proporciona: a vida é grande.

Quando dias depois Dete voltou ao meu escritório, cabelo com estilo, roupa no capricho, a covinha do rosto estava acentuada. No lembrar do poema de Manuel Bandeira, céus e terra se estremeceram.

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