A diferença de idade nem se fala. E daí? Tipo
pequena e letrada, cabelo espoletado entre preto e loiro, sintonia com a tez
branca, e tatuagem que detestava mas que nela, suavidade, ficava bem, que se
revogassem as disposições em contrário. Era de se levar para casa. Para sempre.
Se o tempo terminasse, prorrogação; os deuses que se virassem por lá. Congelamento
de imagem. De tudo. O resto que se fodesse (o computador grifou esta palavra em
vermelho, como se eu, direito, fosse substituí-la; coitado). Eu quero falar e pronto.
E falar e não falar, mas sem acabrunhar-me.
A vida, vocês já viram, é grande e a gente é coisa pequena diante. Por isso eu
passei até a aceitar a tatuagem. Serei o MAIOR defensor daquela borboletinha
perto do pescoço. E os óculos? Nela caiam bem, no caso; problemas outros não dela. Ela é um ET. Só eu
sei. Nem a NASA.
Eu e mãe, porque a gente tem um anjo da
guarda terráqueo e o meu é mãe (tenho uma tia bisbilhoteira que também pode
estar beirando).
Quem definiu regras com base no tempo se
existe a eternidade? Eternidade é como comer beiju amanteigado com café e a
chuva lá fora. Venha, borboletinha, corramos campos, pichemos algumas artes
terrenas, marquemos nossa passagem, e vamos em vôo para nossa casa, só nossa,
que importa o que se publica se nem nós sabemos de nós.
23.06.15
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