1.
Deu-se na televisão
Rádio,
internet e jornal
Notícia
já esperada
Da
morte de um imortal
No
ramo da política
Do
cenário nacional
2.
De
prenome Antônio Carlos
Magalhães
de sobrenome
Conhecido
por ACM
Aqui
falo desse homem
E
se falo é com cuidado
Pois
que as palavras somem
3.
Baiano
de nascimento
Nasceu
ele em Salvador
Terra
de todos os santos
Em
que foi governador
Deputado
Estadual
Foi
por onde começou
4.
Médico
por formação
Foi
redator de jornal
Por
duas oportunidades
Chegou
à Câmara Federal
E
eis que nos anos setenta
Foi
Prefeito da Capital
5.
Esse
homem, minha gente
Foi
herói, foi repressor
Conviveu
com JK
Democrata
e construtor
De
Brasília, a Capital
Até
que a coisa mudou
6.
Mas
não mudou o retrato
Do
presidente mineiro
Que
ficou no gabinete
No
seu mandato inteiro
Quando
veio a Ditadura
Militar
como o certeiro
7.
Daí
pra governador
Da
Bahia foi um pulo
Seu
Estado governou
E
com jeito muito duro
Nos
tempos da ditadura
Em
que se pichava muro
8.
Diz
ter sido um progressista
Usou
cuia, usou chicote
Pôs
a polícia nas ruas
Estudante
dançou xote
Se
progresso foi dum lado
Do
outro se deu calote
9.
Cachorro
naquela época
Tinha
trabalho dobrado
Pra
pegar de estudante
A
professor revoltado
Se
hoje conto esta história
É
que sou cabra retado
10.
Tempos
de repressão
Se
viviam nessa época
ACM
mão de ferro
Não
descansava a munheca
Batia
sem dó nem pena
Sufocava
“quebra-quebra”
11.
Mas
também por outro lado
No
encontro da União
Nacional
dos Estudantes
Sem
muita confusão
Consentiu
realizasse
No
Centro de Convenção
12.
Esse
homem brigou tanto
E
até com brigadeiro
No
final da Ditadura
Pra
saltar noutro terreiro
Enterrando
um regime
Em
busca do alvissareiro
13.
E
no que perdeu na Bahia
Pra
Waldir e Nilo Coelho
Ganhou
foi um Ministério
Pra
não dobrar o joelho
E
na eleição seguinte
Retomar
seu aparelho
14.
Pra
prefeito em Guanambi
Nilo
Coelho foi e venceu
Nas
palavras de ACM
Pra
prefeito ele nasceu
Numa
crítica suave
Pra
limitar quem não é seu
15.
E
não é que ele acertou
Nessa
parte de prefeito?
Só
errou em outra parte
Pois
que nada é perfeito
O
homem foi governador
Quando
vice foi eleito
16.
De
volta ao Governo
Do
Estado da Bahia
ACM
incrementou
O
que antes já se sabia
Um
esquema concentrado
De
ser ele sempre o guia
17.
E
assim por muito tempo
Foi
que mandou e desmandou
Colocava
chupa-cabra
Para
ser governador
E
de cima comandava
No
cargo de senador
18.
Ele
tinha por projeto
Ter
um filho presidente
Da
Câmara de Deputado
E
conseguiu, contente
Mas
também da República
Que
era dali para frente
19.
Era
um nome de aceitação
Do
filho Luiz Eduardo
Da
direita e do centro
De
quem não o via errado
Mas
o destino o levou
Que
frustrou o planejado
20.
ACM
depois disso
Se
tornou de certa forma
Um
homem mais amargo
Não
gostando de reforma
E
com vícios de outrora
Veio
por ferir mais norma
21.
Pois
não é que Presidente
Do
Congresso Nacional
Permitiu
que se quebrasse
De
maneira negocial
O
sigilo eletrônico
Do
painel e coisa e tal
22.
E
pra não perder mandato
Teve
peito e renunciou
Um
suplente chupa-cabra
Era
o seu senador
De
forma que tudo então
Como
antes continuou
FIM
DA 1ª. PARTE
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