Bruna
Marquezine e eu
Se minha mãe ou minhas
tias, qualquer uma delas, sonhar que eu tenho interesse no caso, elas mandam
trazer para mim (não é, mãe?). Sei lá. Elas contratam Zé Nico. Zé Nico tem um carro a gás. Elas dão uns dois
botijões que pegam fiado lá em Dedé de Necão e o negócio fica feito: olhe Bruna
Marquezine na casa de mãe tomando café reforçado... porque o café da casa de
mãe é assim. E ainda tem minha irmã mais velha (ela não gosta que se use esse
termo mas vai assim mesmo), a dona da empresa CANDIBOM, Nora Nei Pereira Prado
(irmã enganchada comigo, o “Nei”), que,
em sorriso, costuma chegar de Salvador com seu companheiro Francis, tiradinho a
surfista. Por certo, aquele pessoal de mãe por perto. Pessoal aí quer dizer
comadres e gente da pobreza, ali para uma prosa e comida vária.
Só quem não gosta da idéia
é Ivete. Calma, não é a Sangalo, é a minha, da Silva Prado. Falei com ela, para
um teste, que se eu tivesse de ficar numa ilha deserta apenas com direito de
ter duas pessoas, com certeza uma seria ela e a outra Marquezine. Vai que a
menina ajudasse na arrumação de casa - que minha mulher muito aprecia - e nas
coisas de cozinha, porque essa menina Bruna, neguinho só vê um lado e não vê o
outro, de prendas domésticas. A Mídia é que fica martelando num ponto e
deixando o outro. Porra, menina prendada. Questão de zelo e orientação, onde
entraria minha mulher, com sua experiência; o resto é conversa errada, desse
povo mal falador, só porque a menina parece eterna namorada da gente, tal qual
Lídia Bronde nos anos 70/80 (Lidia, um beijo; guardo até hoje o encarte da
revista playboy de 86).
Mãe é foda. Que Bruna
Marquezine estaria aqui é fato
incontroverso. Zé Nico garantido, Dedé de Necão receberia depois, o repórter Gilson
Medina se contentaria com um almoço e cerveja para não assediar a menina, tudo
isso no trato de mãe, no seu jeito; pai,
algemado, por causa da sua ousadia e tara, para não atrapalhar a minha
paixão, ficaria com seu vinho importado, só no desejo.
Bruna Marquezine. Agora fica
a maldade em algumas pessoas. Menina prendada (se não o for, a caminho pode se
encontrar, com o dedo de alguém experiente, no ramo).
As pessoas não entendem.
Só a senhora, não é, mãe? (Dê umas explicaçõezinhas a Ivete)
31.03.15