sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Getúlio, Jango e Dilma


A presidente Dilma, em sua campanha para reeleição, vem sofrendo o que sofreram todos os presidentes anteriores que não trilharam de acordo com os interesses de uma elite - que se curva aos interesses do capital estrangeiro -, como Getúlio Vargas e João Goulart, que não completaram seus mandatos, apesar de grande aprovação popular; o primeiro obrigado a suicidar-se, o que fez recuar o golpe, que foi tentado no governo JK e que veio a  explodir em 1964 com a deposição do segundo, fazendo o país mergulhar num mundo kafkiano por mais de vinte anos, quando o Brasil se encontrava em plena efervescência cultural e política.

A grande mídia, à época, como o faz hoje, tem se colocado sempre como um “gato do mato” nessa luta em favor da Casa Grande; daí não se estranhar agora, que tudo parece caminhar em distanciamento à sua mesquinhez, com a aprovação do governo de Dilma, sem necessitar de esquadra americana no litoral do estado do Espírito Santo, porque apoiada no salto de evolução que se deu na comunicação, o mesmo filme com “remake”, para que Dilma seja derrotada ou pelo plano “A” ou pelo plano “B”.

Lembremo-nos de Leonel Brizola, o quanto ele foi massacrado pela Rede Globo, que depois de tantos anos de prostituição em parceria  com a ditadura militar (21 anos) estampou matéria em que confessa que esteve errada e então pede desculpa, tipo “desculpe a nossa falha”, como dizia o apresentador do JN Cid Moreira. Ao que a gente poderia dizer “Vá e não peque mais”, mas não adianta – é na primeira esquina.


Já é tempo de o povo brasileiro abrir bem os olhos para o que informam os veículos de comunicação, com as distorções que costumam fazer para que tudo resulte na retomada das rédeas do poder que, segundos eles, deve seguir uma outra linha, entregando o Brasil a banqueiros, especuladores, com a presença mínima de Estado e, por conseguinte, desvalimento desse povo, como ocorreu no caso das quedas dos presidentes Getúlio e Jango.

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