Nuance de uma garota que parecia
assegurar antigo amor de ginásio. Imaginou-a saindo do banho atoalhada, recendendo
à lavanda.. O dia se dando em cumprimento. O gato deixando sua cauda enroscar nas
pernas do seu dono e ninguém gritava ao portão.
Tentava
assim catar por trás ao ajustar com a mão o membro, que, escorregadio, se
escapava mas, numa chamada, voltava para seu lugar de conforto. Havia expressão
de gozo nessa escapada, quando conseguia encaixar, com toalha em queda e mãos
grudadas nas ancas de Lílian, agora arqueada e com respiração de Beto cada vez
mais frenética:
-
Lílian, pequena, você me mata – conseguia dizer.
Fora
esse lance, o outro que também marcou: o corpo da pequena Lílian estirado na
cama, nudez com morrinhos, tudo no estilo ovo de cocá como diminuta e
concentrada ela se apresentava.
Depois
era isso, sensação de grandeza penetrando um ínfimo que elastecia, sabia-se lá
como. Coisas que aconteciam, após um namoro de boa prosa, tanta tranquilidade, de
tal forma que ao se despedir de Lílian, teve que ouvir dela uma obviedade:
- Beto, você esqueceu que eu sou
puta?
Enfiou a mão no bolso e tirou dinheiro
da carteira. Era uma princesinha.
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