- Suado, Edu! – ouvia-se
adiante, recompondo-se, quando se desgrudavam um do outro.
Tinha-se como impossível
um “namoro” entre eles, então era nesse lusco-fusco que tinha se imposto. Cada
oportunidade era sem desperdício. Naquela labuta, não havia bagaço de cana pelo
chão onde pisavam, repisavam e sapateavam.
- Vamos parar por aqui,
Edu – deu uma ordem Eliene.
- Não fale assim não.,
Eliene. Só um pouquinho.
- Não posso alimentar
esperança porque você...
Aproveitou que estava
acabado o que nunca começou e tampou a boca de Eliene com um beijo, que ela
aceitou, e uma encostada na parede, por fim..
- A gente fica sob
protestos, já que a gente não pode e eu pergunto agora por quê?
- Ah, vocês... Sua
família vai mesmo aceitar essa Eliene? Eliene de quê? O quê? Essa menina vai interromper
seus estudos?
- A gente vai
rompendo... – falou quase sussurrando.
Ela estremeceu e de
imediato se encolheu, bonitinha.
- Vou é embora! – disse
e saiu.
Ficou por um longo
tempo refletindo sobre esse rompimento de um relacionamento que nem aconteceu. Também
ela iria fazer vestibular. Custava nada um namoro, porque a questão era mais de
atração física de adolescente. Não se admitia pretender a garota sem a
pretensão matrimonial. Edu até entendia esse lado mas não concordava. O mais
certo, porém, era deixar de ver Eliene e se contentar com a lembrança de um dia,
sob recusas, haver tocado uma garota e sentido aquela sua vibração. E uma vibração
igual a de Eliene não existia outra
igual.
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